A organização internacional
Médicos sem Fronteiras (MSF) admitiu que realiza abortos em países onde esta prática é ilegal, além de contar com um “
completo plano” de saúde sexual e reprodutiva.
Conforme informa o jornal espanhol La Gaceta, a MSF desenvolve estas práticas em “
contextos humanitários” que incluem a assistência para “
prevenir mortes, enfermidades e deficiências relacionadas com gravidezes não desejadas”, tal qual afirma site oficial da entidade.
MSF afirma além que os abortos constituem uma área na qual procuram melhorar a “
resposta médica para que sejam seguros”.
O jornal espanhol revelou o conteúdo de um correio eletrônico no qual a MSF responde a uma usuária que mostra sua estranheza ao fato de que esta organização realize abortos.
O correio assinala que “
as atividades em saúde reprodutiva do MSF têm como objetivo evitar os abortos mediante medidas preventivas e proteger a integridade e a saúde da mãe” e “
nos casos em que esta prevenção não é possível, e sempre dentro dos supostos legais, forma-se as equipes médicas para a realização de abortos seguros segundo as recomendações da OMS”.
Deste modo indicam que os abortos são feitos inclusive “
em alguns países apesar de serem ilegais”, justificando que nestes casos “
MSF prioriza a vida da mãe”, e acrescenta como argumento fundamental que “
as considerações médicas têm que estar por cima das legais”.
“
Ali onde são impostas restrições legais ao aborto, embora MSF acate a legislação nacional a respeito, a organização nunca discutirá o direito a praticar um aborto terapêutico se uma avaliação médica determinar que a vida e a saúde da mulher estão em perigo”, afirmam.
A MSF tem além disso um protocolo interno para realizar os abortos aonde esta prática é um delito.
Segundo denuncia a Fundação Vida, um relatório interno do
Centro Operação Barcelona-Atenas (OCBA) do MSF detalha como devem realizar um aborto os médicos para evitar problemas com a justiça.
Entre as recomendações se alude à participação de “
uma equipe estrangeira”, “
sem a assistência do pessoal nacional, se for possível”, e se reitera a importância de escolher “
um lugar confidencial” para praticar a intervenção.
La Gaceta denunciou também que a MSF facilitou material cirúrgico na Coréia do Norte sabendo que se empregaria para fazer abortos, admitindo que “
o 50% dos pacientes hospitalizados por motivos ginecológicos são por abortos”.
No ano 2007 o
Presidente da Federação Internacional de Associações de Médicos Católicos,
José María Simón, já tinha denunciado a existência deste protocolo no que se instrui sobre os procedimentos para o aborto.
Naquela oportunidade, o médico disse que a MSF “
não só insiste a seus facultativos a delinquir, mas também lhes dá idéias sobre o modo em que podem fazê-lo impunemente”, já que, caso estas práticas sejam descobertas pelas autoridades do país, é mais fácil escapar da Justiça quando o aborto é praticado por pessoal estrangeiro.
FONTE:
acidigital
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